quarta-feira, 17 de junho de 2015

Menina atingida por pedrada faz exame no IML e vai à Assembleia do Rio

Montagem de fotos com ferimento em menina de 11 anos atingida por pedra na cabeça ao deixar um culto de candomblé na Penha, Rio

A estudante de 11 anos apedrejada enquanto caminhava vestida com trajes típicos do candomblé, no último domingo (14), na Vila da Penha (zona norte do Rio de Janeiro), realizou na manhã desta quarta-feira (17) exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) do Rio. Até a noite desta quarta, a Polícia Civil não havia identificado os dois homens acusados de lançar a pedra que feriu a menina na cabeça.
Embora logo após o ataque houvesse decidido não sair mais às ruas com roupas brancas e o torso (turbante) característico dos candomblecistas, a estudante mudou de ideia, ao ser incentivada a continuar se vestindo dessa forma. Hoje, ela foi ao IML trajada com vestes religiosos, acompanhada pela avó, a mãe-de-santo Katia Marinho, de 53 anos, e pela mãe, que é evangélica.
Após o exame, a menina foi à Assembleia Legislativa, a convite da Comissão de Direitos Humanos, e acompanhou a sessão. Em discursos, vários deputados - inclusive da bancada evangélica - condenaram a agressão à adepta do candomblé. O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) lançou moção de repúdio aos agressores, que hoje ficará à disposição dos deputados dispostos a assiná-la.
Em 18 de agosto, a Assembleia promoverá audiência pública, agendada antes da agressão, para discutir a intolerância religiosa no Rio de Janeiro.

O caso

A menina caminhava pela Avenida Meriti, acompanhada por sete pessoas que haviam saído de um evento religioso, quando dois homens que estavam em um ponto de ônibus do outro lado da rua, com Bíblias sob os braços, começaram a insultá-los. Segundo a avó, os agressores gritaram "Sai, demônio, vão queimar no inferno, macumbeiros" e lançaram a pedra, que bateu em um poste antes de atingir a menina. Ela desmaiou. Os criminosos fugiram em um ônibus.
A 38ª Delegacia de Polícia (Irajá), que investiga o caso, tenta localizar o ônibus para examinar as imagens da câmera interna, na tentativa de identificar os agressores.
Nota da Redação:
Há um movimento crescente de ojeriza aos cristãos, especialmente nas redes sociais. O povo brasileiro parece desconhecer que as igrejas genuinamente cristãs não pregam a violência ou o ódio. Parece desconhecer mais ainda sobre a própria História da civilização e os benefícios que o cristianismo trouxe para a humanidade. Cada vez mais urge a necessidade de se fazer diferença entre grupos ditos "cristãos" mas que de cristãos não têm nada - a maioria frequentadores de igrejas fundo de quintal - dos que são verdadeiramente cristãos. Nem mesmo Malafaia apoiaria um ato desses!






Faceglória une igrejas evangélicas que disputam fiéis e horário na TV


O senador Crivella segura cartaz do Faceglória / REPRODUÇÃO

Se no mundo real a Igreja Mundial e a Igreja Universal disputam fiéis e horários em canais de TV palmo a palmo, na Internet uma rede social fez com que dois de seus maiores líderes, Apóstolo Valdemiro e o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), respectivamente, se unissem na pregação virtual. Os dois gravaram vídeos de apoio ao Faceglória, a autodenominada “rede social cristã”.

Valdemiro foi expulso da Universal em 1998 após quase 20 anos na organização, por divergências com lideranças como o bispo Edir Macedo, e criou a Igreja Mundial. As disputas entre as duas denominações evangélicas se estenderam para a cessão de horários na rede Bandeirantes e no canal 21: em 2013 a Universal conseguiu 'derrubar' a Mundial e assumir seu lugar como parceira das emissoras.
Vídeos aos quais o EL PAÍS teve acesso mostram Crivella segurando um panfleto da rede e elogiando a iniciativa. Já Valdemiro dá um recado ao público alvo da rede: “Alô juventude do Brasil, aqui é um convite do apóstolo Valdemiro Santiago, seu amigo, seu pastor, convidando a todos para entrar no Faceglória.com”.
Até então, as garotas-propaganda da rede eram as cantoras gospel Aline Barros e Bruna Karla. A primeira conta com mais de 14 milhões de seguidores no Facebook, enquanto a segunda tem 11 milhões de fãs na rede.
De acordo com responsáveis pela plataforma, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, responsável por vídeos polêmicos onde critica propagandas que exibem casais gays, “foi o que mais adorou o Faceglória”, e deve anunciar seu apoio em breve. Estevan Hernandes, da Renascer em Cristo, e pastor Fábio, da Quadrangular, também vão  apoiar a iniciativa, segundo nomes da empresa.
O deputado Marco Feliciano foi uma das primeiras lideranças evangélicas a criar uma conta na rede - ele ainda não postou nada. Além do Marco Feliciano Oficial, outros dois perfis com o nome do parlamentar já foram criados.

Nota de Danilo Fernandes:
Isto é uma forma de tirar os fiéis da rede onde os seus líderes são expostos a críticas. Só gente ruim está apoiando. Pode apostar que não seríamos bem-vindos por lá.